A gente podia ser mais tolerante um com o outro. Fazer uma
corrente do bem, dos bons pensamentos, da sinceridade, da tribo do romance e da
delicadeza. E pedir mais. Muito mais. Mais amor. Mais gente fina, elegante e
sincera. Mais contas pagas. Mais unhas fortes. Mais bunda lisinha. Mais coxas
firmes. Mais beijos na bochecha, na testa e na boca. Mais beijos de língua.
Mais beijos de cinema. Mais gente que cuida da própria vida. Mais liquidação.
Mais dinheiro achado no bolso da calça. Mais água de coco e
espumante geladinhos. Mais Pringles e Doritos. Mais shampoo que deixa o cabelo
brilhoso. Mais segurança. Mais ar-condicionado. Mais saúde para dar, vender e
emprestar. Mais cama boa para deitar. Mais banhos de banheira com espuma. Mais
rímel que não borra. Mais calça que não aperta. Mais sapato que não machuca.
Mais programa bom na televisão. Mais pessoas de boa índole.
Mais atenção nas pequenas coisas. Mais decência ao se vestir. Mais silêncio no
cinema. Mais condições em hospitais e escolas. Mais noção na cabeça de
presidente, governador, prefeito, deputado e vereador. Mais gente ajudando
pessoas e bichos. Mais punição para quem faz o mal. Mais chances para quem se
mata de tanto trabalhar. Mais criança na escola. Mais pais conscientes. Mais
gente que bebe e pega táxi.
Mais amor próprio. Porque antes de amar qualquer coisa ou
pessoa você tem que amar você mesmo primeiro.
As belas palavras de Clarissa Corrêa. ( Tem mais no blog dela. Vale muito a pena!)
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