quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ainda bem...


Tá dificil amor... ainda bem que eu tenho você. Eu me canso dessas pessoas mesquinhas e prepotentes que só olham pro próprio umbigo. Me canso porque olhar pro próprio umbigo é tão sem graça e o mundo é tão grande pra se focar em um buraquinho na própria barriga. Me canso de acordar sempre disposta, de aturar a fila do trânsito disposta, de ser paciente com a alça da bolsa que engata na marcha, paciente com a luz do carro que eu esqueci ligada – e que vai me render um chilique pior ainda quando chegar a hora de ir pra casa e a bateria estar zerada -, não quero mais ter que ser paciente porque o salário atrasou, porque a empresa não vai bem ou porque mesmo com esses detalhes, o sorriso tem que estar no rosto, o silêncio é interpretado como mau humor. Você já me viu mau humorada amor... sabe bem como é. Mas os outros não, os outros ACHAM que me conhecem, acham que me entendem com um olhar, mas não entendem. Não entendem nada de nada, não entendem nem deles mesmo, imagina de mim!

Eu quero menos pessoas cuidando da minha vida, quero cuidar menos da vida dos outros. Me estressar menos com coisas supérfluas... viver de verdade, sabe? Bem no estilo Armandinho? `Fazer uma casinha no alto do morro é tudo que eu pedi pra JAH...` Pode ser utopia minha, ilusão... mas ainda acho que utópico mesmo é esse mundo onde a gente vive. Esses conceitos impostos pela sociedade: sorria, trabalhe, dê o seu melhor, mostre vontade, preste atenção, cuidado: o sinal fechou! , dá espaço pra moto passar, pague o estacionamento, faça isso, faça aquilo. ONDE ESTÁ NOSSA LIBERDADE??

É amor, tá difícil.. pra mim, pra você, e pra todo mundo que acorda todos os dias e dá o seu melhor esperando receber.. receber o que mesmo? Um pouco de reconhecimento, é isso? É né, deveria ser. Palavra bonita essa.. reconhecimento. Se todos nós nos reconhecêssemos no outro, muitos momentos desagradáveis poderiam ser evitados. Eu seguro na tua mão toda vez que acho essa vida doida demais. Porque você me mostra que ela pode ser calma como uma caminhada, gostosa como um petit gauteaut, linda como... você! Ultimamente tenho segurado na tua mão mais do que o normal, né? É o medo, amor... o medo dessa loucura toda me engolir. Me sufocar. Preciso respirar e o ar não vem, a ansiedade toma conta. Tu bem sabes como sou um poço de ansiedade.


Mas veja bem, amor... mesmo no meio de todo esse caos, minha unha está pintadinha, crescendo.. como prova da minha força de vontade, da minha vontade de ser melhor pra mim, pra ti, pro mundo. E ser melhor não no sentido de sair agradando a gregos e troianos, mas de ser mais calma e, assim, acalmar as pessoas que eu amo. Aprendi a falar baixo, sabe? Nossa,  e isso faz um bem! Não se deve gritar com quem se ama, as vezes o ruído é alto demais, e leva essas pessoas pra longe. A gente berra porque nesse momento, nossos corações estão afastados. Não afasta o teu coração do meu..



Hoje eu acordei feliz, coloquei a calça, o colar e a bolsa que você me deu. Mas nem tudo é perfeito e por isso eu esqueci meu óculos em casa. Tudo bem, só que as vezes dá vontade de me esquecer em casa. No estilo `pare o mundo que eu quero descer`, sabe?

Mas amor.. independente do que aconteça, amanhã o sol vai estar aí de novo, né? E eu vou estar disposta a sorrir pra ele. Mesmo nas indiferenças da vida, mesmo quando as pessoas acham que você é palhaça, tudo bem... você tem liberdade de escolha pra manter do seu lado quem te faz bem. Tnks God pelo livre arbítrio! Que saibamos usá-lo! Que não tenhamos de perder tempo com o que nada nos acrescenta, que sejamos mais corajosos e ousados pra enfrentar nossos sonhos, ir a luta, e lembrar sempre, que existe um cantinho reservado pra cada um, que a minha estrela vai brilhar (e a sua também) e nada nem ninguém pode impedir que isso aconteça. É amor... tá difícil. Ainda bem que eu tenho você!

Natália Vicentini.

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