segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Do amor que sinto...

Mais um texto maravilhoso que compartilho com vocês! Dessa vez achei a fonte aqui perdida nas minhas pastas. A autora é a Dani Cabrera, dona desse blog: http://www.doamorquesinto.blogspot.com/. Vale a pena sempre, sempre, sempre.

Pra você que eu amo...




Sou uma coleção de marcas tuas, meu bem. Tu não refletes nos meus olhos só ao estar diante de mim. Eu sou você refletida quando não estás aqui, e o meu riso delata que eu encontrei o amor, e não um amorzinho desses qualquer, dessas paixõezinhas baratas que a gente vê enlouquecer as pessoas por mundo afora. O que eu encontrei, senhores, não foi um amor desses melodramáticos, de murros e beijos, de perdas e danos. Ainda bem que não... O amor que eu encontrei é um amor de certezas, de paciência, de bondade. De confiança de que é em mim que tu pensas quando te deitas, mesmo que a tua cabeça descanse 600 quilômetros longe do meu peito. É um amor que me agita por dentro só em pensar que tu estás chegando, e é tão gostoso isso de saber que o tu também ferves por dentro no mesmo momento e pelo mesmo motivo que eu. Não há sensação melhor do que sentir o teu abraço ao meu redor. 

O mundo anda mal, meu bem, a crise anda enlouquecendo as pessoas. Tem um montão de gente desistindo todos os dias. Sim, os tempos são maus para a lírica, já dizia aquele grupo que você tanto gosta. Não é fácil tragar esse vinho amargo que as circunstâncias nos proporcionam, mas não amargamos não. Não desistimos não. Porque tu não estás só. Em todo esse universo, nessa vida ou em qualquer outra, no bom e no mau, eu estou contigo. Eu não estou só, porque tu estás comigo. Tá tudo bem então. Vejo gente desesperada, buscando qualquer coisa interessante que possa fazê-los seguir adiante, gente que perdeu a fé, sabe, meu amor? As pessoas andam cansadas de tanto fazer girar essa roldana ingrata que no fim das contas não te dá nem um obrigado. Às vezes pesa demais essa roldana, meu bem, porque eu também a giro. Mas quando eu lembro de você tudo fica mais leve. Eu tenho motivos pra não parar de girá-la, de continuar na briga. E quando não estou pensando neles alguém sempre vem e me diz que a minha cara denuncia que por aqui tá tudo bem. E esse bem se chama... tu. Simples assim. São as marcas tuas espalhadas pelo meu corpo inteiro, como tatuagem por dentro e por fora da minha pele. Foi você quem mudou o meu perfume, e me faz exalar essa coisa tão positiva, e eu te agradeço por isso, te amo por isso, te quero cada vez mais por isso.

Por enquanto, a primavera vai cobrindo toda a Galicia de poeira amarela, e eu vou ensaiando baixinho nesses três metros quadrados, que temos que ir a comprar porque a geladeira anda vazia das minhas bobagens e da tua comida sã. Mas sem que ninguém escute. Tem gente que não entende o que é sonhar... Melhor guardar esses meus delírios pra mim mesma.
Termino assim, como quem não termina.

Te amo. Te espero todos os dias.

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