terça-feira, 10 de abril de 2012

Tudo, tudo, tudo vai dar pé...



E é quando a gente acha que nem tudo vai dar pé, que o sol – bem egoísta naquele momento – brilha mais forte do que o normal. Mas tudo bem, não tem problema... é um sinal, não é? Sinal de que se um astro lá em cima tem tanta luz (e calor) pra dar, quem sou eu pra guardar meu brilhinho só pra mim? Esse brilhinho, que eu subestimo, mas que pode fazer o dia da moça da padaria menos entediante, o cobrador do ônibus se sentir mais humano... esse meu brilhinho pode ser espalhado e contagiar outras pessoas que, como eu, não tiveram um bom dia.
Afinal, o que é um bom dia pra você? É tirar um 10 na pós, ganhar R$2,00 na raspadinha, se reconciliar com alguém importante? Não, meus amigos... um dia bom acontece dentro da gente. As vezes temos `bons dias`. O trabalho foi bom, umas piadinhas durante o expediente, a caixa de e-mails devidamente concluída as 18h00 e um tapinha nas costas do chefe. Mas a gente só sente se o dia foi bom mesmo, se ele valeu a pena, quando estamos com a cabeça no travesseiro. Quando as rachaduras do banheiro, do chão da cozinha, da janela do quarto – que durante o dia pareciam um problema enorme -, podem ser facilmente consertadas. E nos damos conta que as nossas rachaduras do coração precisam de muito mais cuidado e zelo.


É nesse momento que eu me enrolo toda e como dizia nosso louco Cazuza: `choro baixinho, bem baixinho,baby...`. E não me culpo mais pelas coisas que deram errado. Me AMO pelas coisas que eu fiz dar certo, pelas palavras que falei que ajudaram alguém, me amo pelo meu coração aberto que me permite voar mais alto e encostar a pontinha do dedo nos meus sonhos. Sim, porque não tenho a pretensão de agarrá-los antes da hora e, muito menos, de esperar que eles venham até mim. Vou, simplesmente, de corpo e alma atrás deles pra encontrar o melhor caminho, a melhor forma de ser feliz – e, quem sabe, um arco-íris do outro lado?-
Assim como o sol, quero brilhar e me doar, sem esperar receber.




Natália Vicentini.

Nenhum comentário:

Postar um comentário