quarta-feira, 20 de abril de 2011

Das coisas que sinto...

Eu costumava escrever quando era criança. Textinhos que hoje se assemelhariam mais a crônicas, sabe? Era uma pastinha preta, de plásticos, onde se encontravam as idéias mais doidas de uma menina de 8, 9 anos. Por muito azar essa pasta se perdeu entre umas `arrumações` e outras e hoje jamais vou poder saber o que a mente daquela menina de 8, 9 anos podia pensar enquanto escrevia.


Mas sei o que ela pensa hoje. Ou melhor, ela tenta, como todos os outros mortais desse mundo, entender essa vida louca que faz ela acordar todos os dias e fazer tudo igualzinho, sempre, sempre e sempre. As vezes essa vida louca, esse mundo doido, acaba deixando nós mesmos numa aflição sem tamanho, né? Devemos ser perfeitos em tudo o que fazemos e para todos que nos cercam. Mas, as vezes a beleza disso tudo não está no fato de sermos perfeito para tudo e para todos. O bonito mesmo é a gente ser perfeito, divino, único, pros olhos de quem vê. Pouco me interessa se fulano não achou bonita minha roupa nova, ou quando meu cabelo não ficou aquilo tudo quando minha amiga me convenceu a inovar com um corte na nuca. O que importa é que pro amor da sua vida, para aquela amiga distante, pro seu colega de trabalho que você sempre admirou, você está certa do jeito que você é.

É cansativo, é desgastante tentar acertar o tempo inteiro. Não que não tenhamos que acordar todos os dias com a vontade de ser melhor do que ontem, claro que temos que ter essa vontade! Ela nos inspira, nos faz acordar, coloca objetivos na nossa vidinha mais ou menos. Mas tentar incessantemente convencer alguém de algo é inútil. Economize sua saliva com o que vale a pena. Guarde suas explicações para situações e pessoas que realmente mereçam. Até porque há muito tempo atrás já li uma frase que dizia que as pessoas pra quem você deve uma explicação são as que menos irão exigi-la de você. Na época acho que não interpretei a frase muito bem... mas hoje eu sei exatamente o que ela quer dizer. Se algo não está correto e não condiz com o seu jeito de ser, quem te conhece e te ama, te conhece tão bem e te ama tanto, que não necessita que você se desdobre em explicações. Psiu... silêncio... ela já entendeu.


As vezes é difícil abrir os olhos e, só de pensar em encarar a vida lá fora, dá preguiça. Eu sei, tenho esses dias numa freqüência maior do que gostaria. Mas basta pôr o pé pra fora da cama que as surpresas boas começam a aparecer e a gente lembra que o interessante, o bonito, o LEGAL MESMO é ESTAR VIVO! Poder ver aquelas pessoas que você mais ama, poder rir de coisas idiotas do seu dia a dia e aproveitar tudo isso com um sorriso no rosto, com o coração em paz.

É bom, é muito bom viver! 


Natália V.

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