terça-feira, 12 de abril de 2011

Paulo Coelho, o Mestre


Sou suspeita a falar sobre Paulo Coelho, o Mestre, o Mago. Li seu primeiro livro lá pelos 10, 12 anos de idade e não parei mais! Comecei com o clássico `Brida` e me apaixonei pela forma como ele fala sobre pessoas, medos e (porque não?) realidades que insistimos em fingir que não enxergamos. Pura ingenuidade nossa. Já faz tempo que aprendi que fingir que não enxergo o problema não tira ele do exato lugar em que está.

Enfim, uns amam, outros odeiam o Mestre. Sou do time apaixonada por tudo que esse cara escreve. Deixo com vocês trechos que valem a pena...

P.s: Por cada livro ter vááários trechos que realmente valem a pena, começo por um e depois destaco trechos dos outros, aos poucos, ok? Para entenderem melhor busquem a sinopse do livro ;)


O Zahir

Trecho 1 (O melhor diálogo do livro, com certeza!)

- Acho que não vai dar certo.
- Mas você me ama, e eu te amo, não é verdade?
- Não sei. Se você me perguntar se gosto de sua companhia, a resposta é sim. Se entretanto quer saber se consigo viver sem você, a resposta também é sim.
- Eu não queria ter nascido homem, estou muito contente com minha condição de mulher. Afinal, tudo o que vocês esperam da gente é que cozinhemos bem. Por outro lado, dos homens espera-se tudo, absolutamente tudo: serem capazes de sustentar a casa, fazer amor, defender a prole, arranjar a comida, ter sucesso.
- Não se trata disso: estou muito satisfeito comigo mesmo. Gosto de sua companhia, mas estou convencido de que não vai dar certo.
- Gosta da minha companhia mas detesta estar apenas com você mesmo. Busca sempre a aventura, para esquecer coisas importantes. Vive atrás de adrenalina em suas veias, e esquece que ali deve correr sangue, e nada mais.

Trecho 2

` Ela preencheu tudo. Ela é a única razão pela qual estou vivo. Olho em volta, me preparo para a conferência, e entendo por que enfrentei a neve, os engarrafamentos, o gelo na estrada: para lembrar que todos os dias preciso reconstruir a mim mesmo, e para - pela primeira vez em toda a minha existência - aceitar que amo um ser humano mais do que a mim mesmo.`

Trecho 3

` Quando eu não tive nada a perder, eu recebi tudo. Quando deixei de ser quem era, encontrei a mim mesmo. Quando conheci a humilhação e mesmo assim continuei caminhando, entendi que era livre pra escolher meu destino. Não sei se estou doente, se meu casamento foi um sonho que não consegui compreender enquanto durou. Sei que posso viver sem ela, mas gostaria de encontrá-la de novo - para dizer o que nunca disse enquanto estávamos juntos: eu te amo mais do que a mim mesmo.`

Trecho 4

`  Não consigo. É como se fosse uma droga. Se estou no campo de batalha, minha vida tem um sentido. Fico dias sem tomar banho, me alimento de rações de soldados, durmo três horas por noite, acordo com barulho de tiros, sei que a qualquer momento alguém pode jogar uma granada no lugar onde estamos, e isso me faz... viver, entende? Viver, amar cada minuto, cada segundo. Não existe espaço pra tristeza, dúvidas, para nada: resta apenas um grande amor pela vida.`

Trecho 5

` Por um lado, eu queria acreditar em tudo que dizia. Por outro lado, meu coração já tinha sofrido e sangrado muito, pelas mil e uma noites em que ficava acordado, esperando o barulho da chave girando na fechadura, Esther entrando, deitando-se ao meu lado, sem dizer nada. Prometera a mim mesmo que, se isso acontecesse um dia, jamais faria qualquer pergunta, apenas a beijaria, diria `durma bem, meu amor`, e acordaríamos no dia seguinte de mãos dadas.`

Trecho 6

` Isso inclui tudo. Se o sofrimento está ali, então é melhor aceitá-lo, porque não irá embora só porque você está fingindo que ele não existe. Se a alegria está ali, também é melhor aceitá-la, mesmo com medo de que ela acabe um dia. Tem gente que consegue relacionar-se com a vida apenas através do sacrifício e da renúncia. Tem gente que só consegue sentir-se parte da humanidade quanto está pensando que é `feliz`.`

O livro:

Por R$ 19,90 na http://www.americanas.com.br/busca/o%20zahir

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